Inflação sobe 0,71% em março, puxada pela alta no preço dos combustíveis
A inflação voltou apresentar alta no país, mas em ritmo de desaceleração. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,71% em março. Mesmo em alta, o indicador está ligeiramente abaixo do patamar observado em fevereiro (0,84%). Os dados fora divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta de março foi puxada pelo grupo de transportes, responsável pelo maior impacto (0,43 ponto percentual) e maior variação (2,11%). Em seguida figuram saúde e cuidados pessoais (0,82%) e habitação (0,57%), que desaceleraram em relação a fevereiro. Na outra ponta, artigos de residência (-0,27%), que teve alta de 0,11% em fevereiro, foi o único grupo com queda em março.
A gasolina (8,33%) registou o maior impacto individual no índice de março (0,39 p.p.), sendo um dos principais subitens com peso na alta verificada em transportes. O etanol (3,20%) também teve destaque nesse sentido. O IBGE destaca o efeito da alta de impostos nesse processo:
— Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido pela Medida Provisória 1157/2023. Havia, portanto, a previsão do retorno da cobrança de PIS/Cofins sobre esses combustíveis a partir de 1º de março — explica o analista da pesquisa, André Almeida.
No ano, a inflação acumula alta de 2,09% e, nos últimos 12 meses, de 4,65%, abaixo dos 5,60% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2022, a variação foi de 1,62%.