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Com demanda atípica da Coreia do Sul, exportações da indústria de máquinas e equipamentos crescem 61,2% no RS

Alta ocorre na comparação entre setembro de 2024 e o mesmo período de 2023. Apetite do país asiático por itens específicos, como trocadores de calor, explicam o movimento. No ano, setor segue acumulando queda diante de problemas como juro alto e logística cara
Com demanda atípica da Coreia do Sul, exportações da indústria de máquinas e equipamentos crescem 61,2% no RS
24.10.2024 10h41  /  Postado por: mateus

Após oscilar nos últimos meses, a indústria de máquinas e equipamentos voltou a apresentar alta nas exportações. As vendas externas desse segmento cresceram 61,2% em setembro deste ano ante o mesmo mês de 2023. Além de representar o maior avanço do ramo em 2024, nesse recorte interanual, o salto teve peso importante dentro do movimento de alta dos embarques da indústria como um todo no período, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).

Apetite inabitual da Coreia do Sul por produtos específicos é um dos principais fatores que explicam esse aquecimento, segundo representantes do setor.

Levantamento da Fiergs aponta que o segmento de máquinas e equipamentos faturou US$ 255,2 milhões nas exportações em setembro. Esse montante representa US$ 96,9 milhões a mais do que o total observado no mesmo mês do ano passado. Em valores absolutos, esse foi o maior montante para exportações para um mês de setembro nesse grupo. Em termos de variação percentual interanual, é o segundo maior desde 2011.

Apesar da alta expressiva no mês, uma lupa sobre os dados da Fiergs mostra que a maior parte do avanço do grupo não veio da área de máquinas robustas, mas sim de equipamentos específicos, como distribuidores e dosadores de sólidos ou líquidos, trocadores de calor, e aparelhos para filtrar e depurar gases. A Coreia do Sul foi o principal comprador desses itens da indústria gaúcha, movimento atípico, segundo a federação. Sem esses departamentos, máquinas e equipamentos apresentariam resultado negativo em setembro.

Hernane Cauduro, diretor-conselheiro da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos do Rio Grande do Sul (Abimaq-RS), afirma que esse grande volume de embarques de equipamentos para a Coreia do Sul pode mostrar um novo filão identificado pelo setor:

— Não posso afirmar com 100% de certeza, mas parece ser um nicho novo de mercado, porque é uma coisa bem específica. Não são máquinas, são equipamentos, trocadores de calor para a indústria, dosadores e equipamentos para filtragem. Provavelmente uma abertura nova de mercado, que foi encontrada pela indústria aqui do Estado.

A reprise desse movimento nos próximos meses ainda é incerta, segundo especialistas e integrantes da indústria, que destacam a necessidade de um período de tempo maior para uma análise mais aprofundada.

Na mesma comparação, setembro contra setembro do ano anterior, as exportações da indústria de transformação gaúcha apresentaram expansão de 23,2%. Além de máquinas e equipamentos, o resultado foi puxado pelos ramos de Alimentos (13,8%) e Tabaco (50,2%) — dois líderes em participação dentro do bolo de vendas externas do setor.

No acumulado do ano, setor segue em baixa

Comparando o acumulado do ano até setembro com o mesmo período do ano passado, tanto máquinas e equipamentos (-12,5%) quanto a indústria (-7,1%) seguem no negativo.

Grupos importantes, como máquinas agrícolas, continuam registrando queda em embarques na comparação com o ano passado. O presidente da Fiergs afirma que o custo logístico e o juro ainda em patamar elevado são alguns dos fatores que freiam avanço da indústria como um todo. Uma virada de chave nas vendas externas passa por melhorias nesses pontos, que garantem mais competitividade.

O diretor-conselheiro da Abimaq-RS afirma que existe uma tendência de melhora nos próximos meses em máquinas e equipamentos, um avanço discreto ante um primeiro semestre fraco.

— A exportação é que faz a diferença e que, inclusive, vem puxando, não deixando a queda ser tão grande. Os embarques vêm se mantendo — pontua Cauduro.

ZH

Foto: Diego Vara / Agencia RBS

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