Piratini pretende enviar, na terça-feira, projeto de reajuste na BM à Assembleia
O governo do Estado pretende encaminhar o projeto que altera planos de carreira e salários dos servidores da Brigada Militar à Assembleia Legislativa na terça-feira. Nesta quarta, o secretário da Casa Civil, Carlos Pestana, discutiu a proposta que reajusta vencimentos em até 245% com associações de nível médio. Um novo encontro ocorrerá na segunda-feira.
De acordo com o documento, é previsto aumento escalonado entre 2010 e 2018 para soldado (245,38%), 3º sargento (206,57%), 2º sargento (195,84%), 1º sargento (179,48%), 1º tenente (151,83%) e capitão administrativo (144,16%). Este último posto seria criado e representaria o mais alto na carreira de nível médio, com salário básico igual ao capitão de nível superior. Até 2014, o reajuste está garantido — as tratativas se referem aos anos seguintes.
Apesar de ainda considerarem os valores insuficientes, o que mais desagrada aos líderes das associações são as modificações no plano de carreira.
— O pior para a categoria é a questão do interstício — afirma o presidente da Associação Beneficente Antonio Mendes Filho (Abamf), Leonel Lucas, citando a elevação do tempo necessário para promoção.
Lucas reivindica que o critério para mudança de cargo seja igual ao dos oficiais, isto é, sem concurso interno. Aparício Santellano, presidente da Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSTBM), acredita que a proposta avança pouco em relação o que foi pleiteado nos debates anteriores com o governo:
— Depois da próxima reunião, a gente vai fazer uma assembleia-geral e deliberar com as categorias.
O Executivo pretende concluir detalhes do plano de carreira no início da semana que vem. A proposta deve ser encaminhada ao Legislativo em regime de urgência, para ser votada neste ano.
— As negociações têm ocorrido com tranquilidade, e estou convicto que na segunda-feira chegaremos a um acordo. Mas já adiantamos que manteremos as promoções na aposentadoria para os atuais servidores — disse Pestana.
ZERO HORA