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MP do Paraguai pede prisão de diretor de presídio onde fugiram 76

A Procuradoria do Paraguai solicitou a prisão de 31 agentes penitenciários e do diretor do presídio regional de Pedro Juan Caballero, fronteira com o Brasil, após fuga de 76 detentos neste domingo. A prisão fica na fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, o que levou autoridades brasileiras a montar um bloqueio na região. Um homem de 30 anos já foi recapturado, segundo autoridades do país vizinho.

Com autorização judicial, foram realizadas buscas em residências de suspeitos e apreensão do circuito interno de câmeras da casa de detenção. Autoridades do Paraguai investigam se houve facilitação na fuga dos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

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Conforme a ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Pérez, o governo sabia de um plano de fuga e resgate das lideranças do PCC. Apesar de saber do plano, Pérez afirma que “o problema é a corrupção existente nos estabalecimentos penitenciários” do país.

Há um mês, as autoridades paraguaias apontaram o planejamento do PCC para resgatar membros da facção e pagaria cerca de 80 mil dólares para que funcionários contribuíssem. O tamanho do túnel aponta que os trabalhos de aberto do ponto de escape duraram vários, o que indica a colaboração de agentes da guarda.
Guerra entre facções
A guerra entre criminosos causou ao menos 130 mortes por execuções emboscadas na região nos três últimos anos, segundo as autoridades paraguaias. Somente a cidade brasileira de Ponta Porã, que é separada de Pedro Juan Caballero por uma avenida, registrou 54 homicídios em 2019. Em 2018, a cidade de 95,6 mil habitantes tinha registrado 32 assassinatos.

No último sábado, horas antes da fuga em massa, a Polícia Nacional do Paraguai estava mobilizada para prender os autores da execução do ex-prefeito de Bella Vista Norte, Julio Cesar Rojas Vadora, assassinado a tiros quando assistia a uma partida de futebol do Deportivo Ybyturuzú, equipe local.

Foto: Reprodução / Twitter Físcalia Paraguay / CP
Por
Correio do Povo

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