O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou na tarde desta segunda-feira que a pasta já identificou uma recuperação de alguns setores da infraestrutura importantes para a economia afetada pela pandemia da Covid-19.
“Temos monitorados os setores semana a semana, então a gente tem visto como tem sido o comportamento, que setores foram mais afetados, menos afetados, como está o tráfego nas rodovias, quanto se perdeu de tráfego em veículos leve e veículos pesados, semana após semana, e a gente já começa a observar, por exemplo nas rodovias, uma recuperação”, disse Freitas durante live da Agência Infra com investidores e profissionais do setor de infraestrutura.
O ministro citou ainda que o setor portuário também tem dado sinais de recuperação, com o aumento do volume nas cargas de grãos, que vem conseguindo seguidos recordes, e também de minério.
Freitas destacou ainda que este monitoramento é importante para que o governo tome as medidas e decisões para reavaliar os compromissos financeiros das concessionárias que atuam nestes setores com o governo.
“Nós temos que tirar da crise uma oportunidade para tirar um legado que transforme o ambiente de negócios”, disse ainda o ministro em tom intimista com a positiva agenda de concessões de rodovias e obras que planeja botar em execução nos próximos meses.
Retomada sem estripulia
A frente de uma das pastas mais importantes do Governo Federal, Tarcísio Freitas, também destacou que as decisões do governo durante esta pandemia da Covid-19 foram importantes para conquistar mais confiança do mercado.
“Não dá para ir fazendo estripulia, temos nossa responsabilidade com o setor fiscal”, afirmou o ministro exemplificando que, ao contrário de outros países, que decidiram aportar dinheiro público nas companhias aéreas, o governo brasileiro optou por criar condições para que as empresas buscassem crédito no mercado e destacou o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) nesta ação.
Até mesmo a compra de lotes de passagens aéreas para uso do Governo Federal, que tem alta demanda do serviço, mas que refletiria numa despesa de cerca de R$ 500 milhões, acabou não sendo tirada do papel.
Apesar disto, Freitas destaca que o setor é o que mais foi impactado pela crise da Covid-19. “Temos um setor atingido de forma dramática e tivemos uma solução de mercado e vamos sair dessa crise”, concluiu o ministro.
Fonte: Correio do Povo