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Governo do RS e Exército distribuem 16,5 mil medicamentos do kit intubação a 24 hospitais gaúchos

Logística para levar medicamentos para 23 municípios ocorreu nesta terça-feira
Governo do RS e Exército distribuem 16,5 mil medicamentos do kit intubação a 24 hospitais gaúchos
Logística para chegar em 23 municípios teve apoio do Exército Brasileiro nesta terça-feira | Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini / CP
23.03.2021 13h53  /  Postado por: fernando

Para garantir estoque de medicamentos do kit intubação em hospitais gaúchos, a Secretaria da Saúde (SES), com auxílio logístico do Exército Brasileiro, entregou nesta terça-feira cerca de 16,5 mil frascos de medicamentos utilizados em pacientes graves de Covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). São 24 instituições hospitalares de 23 municípios do interior beneficiadas pela nova remessa, definidas com base em um acompanhamento semanal do abastecimento de insumos que a SES realiza. Cada kit contém Dexmedetomidina, Etomidato, Morfina, Propofol e Fentalina.

Na manhã de hoje, sete veículos saíram 3º Batalhão de Suprimento, em Nova Santa Rita, para rodar, somados, 5.560 quilômetros pelo Rio Grande do Sul, sendo a rota mais longe até Alegrete. “Estamos nesta missão de apoio para levar um pouco mais de conforto e dignidade a todos que necessitam do suporte desses medicamentos. São produtos essenciais para a assistência a pacientes em estado mais grave da doença”, disse o tenente-coronel Eduardo Rodrigues da Silva, comandante do 3º Batalhão de Suprimento.

O chamado kit intubação é formado por sedativos, relaxantes musculares e bloqueadores neuromusculares, necessários para a intubação de pacientes que necessitam de ventilação mecânica em leitos de UTI, por dificuldades respiratórias. “Os medicamentos fazem a pessoa relaxar e, assim, se consegue oxigenar bem os pacientes e auxiliar na recuperação. É de suma importância a ajuda do Ministério da Saúde e do governo do Estado neste momento, uma vez que estávamos com os estoques limitados e com muita dificuldade de adquiri-los”, disse a coordenadora assistencial do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Canoas, Angélica Bellinaso, um dos primeiros locais a receber os frascos na manhã desta terça.

A responsabilidade pela compra desses medicamentos é das instituições hospitalares, não fazendo parte da rotina da Assistência Farmacêutica do Estado. No entanto, frente à dificuldade de aquisição no país e ao aumento da demanda desde o ano passado, o governo do Estado e o Ministério da Saúde se articularam para comprá-los excepcionalmente e distribuí-los às instituições com estoques críticos e que prestam atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a SES, a pasta realiza um levantamento semanal com os hospitais gaúchos do estoque de um total de 22 medicamentos utilizados para a intubação em UTIs. A ação visa ao acompanhamento da quantidade de cada um na rede hospitalar pública, que já sofreu com escassez em julho do ano passado, também em decorrência da pandemia de Covid-19. Na época, foram adquiridos medicamentos no mercado nacional e internacional.

“A situação do Rio Grande do Sul, em alguns hospitais, é crítica, apesar de todos os esforços que estamos fazendo e o trabalho estar muito bem conduzido”, disse a secretária da Saúde, Arita Bergmann. “Houve um drástico aumento na demanda por esses medicamentos. Muitas instituições hospitalares não tinham leitos de UTI e agora precisam destes insumos. Há remédios do kit intubação que demoram até 15 dias para serem produzidos pela indústria”, acrescentou Arita, detalhando alguns motivos que levaram ao cenário atual. A equipe da SES pediu ao Ministério da Saúde, na sexta-feira, a importação urgente dos medicamentos.

Neste mês de março, já foram entregues a hospitais de todas as regiões do Estado mais de 60 mil frascos de medicamentos com essa finalidade. Está programada para a próxima quinta-feira a distribuição de remessa de 45.820 ampolas de Morfina, doadas pelo Ministério da Saúde.

Para reverter o quadro de desabastecimento, a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada da SES, Lisiane Fagundes, aponta o incentivo de remanejo de estoque entre instituições que estejam com o abastecimento menos crítico, realização de pregão estadual e nacional para a aquisição excepcional dos remédios, e prospecção do mercado internacional.

Correio do Povo

Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini / CP

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