O Ministério da Saúde inseriu na segunda-feira pessoas vivendo com HIV, na faixa de 18 a 59 anos, na lista de priorização da vacinação contra a Covid-19. Segundo nota técnica, a indicação é imunizar o grupo após encerrar a vacinação de brasileiros entre 60 e 64 anos. A pasta afirma que a intenção é “reduzir o impacto da pandemia nesse grupo, especialmente em relação ao risco de hospitalização e óbito, e respeitar o conceito de equidade do SUS (Sistema Único de Saúde)”.
O ministério também diz que a medida segue “novas evidências científicas” que apontam riscos de “desfechos negativos da Covid-19” neste grupo. As pessoas que vivem com HIV devem receber as doses na mesma etapa em que serão contemplados quem apresenta comorbidades, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Trata-se do maior grupo de risco do plano de imunização, com cerca de 18 milhões de pessoas.
Na nota técnica, a Saúde não estima quantas pessoas devem entrar neste grupo após a atualização do plano de vacinação. No total, as listas de prioridade, ainda sem esta mudança, somam cerca de 77,3 milhões de indivíduos. O ministério também afirma que pessoas com HIV, maiores de 60 anos, já estão contempladas na priorização por faixa etária no plano. Prefeitos e governadores podem traçar planos próprios, mas há um acordo entre o ministério e conselhos que representam secretários estaduais (Conass) e municipais (Conasems) para que seja seguido o plano nacional de vacinação.
Segundo a Saúde, serão considerados na lista de prioridades todos os indivíduos que vivem com HIV, de 18 a 59 anos, independente da contagem de linfócitos T-CD4+. “O início da vacinação para este grupo será informado por meio do Programa Nacional de Imunizações”, afirma a nota técnica.
AE