Com a produção de CoronaVac interrompida desde o dia 13 de maio, o Instituto Butantan receberá nesta semana 3 mil litros de insumos para reativar os serviços. A entrega está prevista para quarta-feira. Após a retomada da produção, a expectativa é entregar mais cinco milhões de doses da vacina. A estimativa está abaixo do esperado.
A previsão inicial era de receber quatro mil litros de insumos para gerar sete milhões de doses da vacina. A redução foi anunciada pela China no dia 18. O Butantan e o governador de São Paulo, João Doria, afirmaram que recentes ataques do presidente Jair Bolsonaro à China têm interferido diretamente no cronograma de liberação de novos lotes de insumos pelos chineses.
Na semana passada, Doria reiterou que o atraso se deve a uma “questão política e diplomática”, mas demonstrou confiança em uma liberação em breve. Em depoimento à CPI da Covid do Senado, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo negou que atritos do governo Bolsonaro com a China tenham atrapalhado na remessa de insumos de vacinas ao Brasil.
Na quinta-feira (20), em reunião com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, com governadores, Doria pediu ajuda para evitar atrasos na liberação dos insumos e propôs ainda a compra de vacinas chinesas ainda em aprovação pela Anvisa por meio do Fórum dos Governadores, em vez do Ministério da Saúde.
No encontro, o embaixador se comprometeu a ajudar na liberação de insumos suficientes para produzir 16,6 milhões de doses não só dá CoronaVac, mas também da Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Fonte: Correio do Povo
Foto: Governo do Estado de São Paulo