Vendas do comércio crescem 1,2% em julho e atingem nível recorde, indica IBGE
As vendas do comércio cresceram 1,2% em julho, na comparação com o mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O quarto resultado positivo coloca o setor no maior patamar da série histórica iniciada no ano 2000.
No acumulado do ano, o comércio registra crescimento de 6,6% e nos últimos doze meses, a alta é de 5,9%, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC).
Com o desempenho de julho, o setor permanece acima do patamar de fevereiro de 2020, último mês sem o impacto da pandemia do novo coronavírus na economia nacional. O segmento foi um dos mais afetados pelas medidas de restrição para conter o vírus.
Para Cristiano Santos, gerente responsável pela pesquisa, o avanço do setor ainda é muito heterogêneo entre os setores. “Algumas atividades ainda não conseguiram recuperar as perdas na pandemia, como é o caso de equipamentos e material para escritório, que ainda está 26,7% abaixo do patamar pré-pandemia, ou combustíveis e lubrificantes, 23,5% abaixo”, analisa ele.
Segmentos
Em julho, cinco das oito atividades pesquisadas apresentaram alta nas vendas, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico (+19,1%). “Vemos uma trajetória de recuperação dessa atividade, que acaba por fazer grandes promoções e aumentar a sua receita bruta de revenda, num novo momento de abertura e maior flexibilização do isolamento social, o que gera maior aumento da demanda”, explica Santos.
Tecidos, vestuário e calçados (2,8%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,6%) também avançaram no período. Já hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,1%) ficaram estáveis na passagem de junho para julho.
Por outro lado, perderam ritmo e reduziram o volume de vendas as atividades que envolvem livros, jornais, revistas e papelaria (-5,2%), móveis e eletrodomésticos (-1,4%) e combustíveis e lubrificantes (-0,3%).
Fonte: Correio do Povo
Foto: Alina Souza