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Inflação perde fôlego pelo 2º mês seguido e avança 0,47% em maio, diz IBGE

Mesmo com alta menor, IPCA se mantém acima do dobro do teto da meta no acumulado dos últimos 12 meses, mostra IBGE
Inflação perde fôlego pelo 2º mês seguido e avança 0,47% em maio, diz IBGE
09.06.2022 10h13  /  Postado por: mateus

O índice oficial de inflação no Brasil voltou a perder ritmo ao subir 0,47% em maio, na comparação com abril (+1,06%), de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com a segunda desaceleração consecutiva, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) agora apresenta alta de 4,78% neste ano e de 11,73% no acumulado dos últimos 12 meses, valor menor do que o apurado em abril (12,13%) e que corresponde à primeira queda na base de comparação em um ano.

De acordo com o levantamento do IBGE, Porto Alegre teve a sexta maior variação do IPCA em maio, com 0,47%. Índice é menor que Recife (0,55%), Rio de Janeiro (0,56%), Aracaju (0,74%), Salvador (1,29%) e Fortaleza (1,41%). A variação acumulada no ano da Capital chegou a 3,14% e a verificada nos últimos 12 meses ficou em 10,79%.

Uma das contribuições para a desaceleração do indicador foi apresentada pela queda dos itens que fazem parte do grupo de habitação (-1,7%), com destaque para as contas de luz (-7,95%), que deixaram de ter a cobrança adicional de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos a partir do dia 16 de abril, com a adoção da bandeira tarifária verde.

A alta dos combustíveis (+1%) também foi menor do que a apurada no mês anterior, após o salto expressivo registrado no em abril (+3,2%). A variação em ritmo menor ocorreu devido especialmente à gasolina, que ficou 0,92% mais cara, ante salto de 2,48% no mês anterior.

Também ajudou para a alta menor do indicador os preços dos produtos que fazem parte do grupo de alimentos e bebidas, que subiram 0,48%, ante variação de 2,06% em abril. Para o gerente do IPCA, Pedro Kislanov, produtos que vinham subindo bastante tiveram quedas expressivas em maio. Entre as quedas mais expressivas aparecem o tomate (-23,72%), da cenoura (-24,07%) e da batata-inglesa (-3,94%). Para Kislanov, existe um componente sazonal porque, normalmente, o início do ano é marcado por preços mais altos dos alimentos devido a questões climáticas.

Com a manutenção da inflação na casa dos dois dígitos, o BC (Banco Central) admite que o índice encerrará 2022 acima do teto da meta pelo segundo ano seguido. O alvo do CVM (Conselho Monetário Nacional) para o IPCA é 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%). O novo furo do teto da meta também é previsto pelo Ministério da Economia, que revisou de 6,5% para 7,9% a expectativa de inflação para este ano. Para o mercado financeiro, o indicador oficial deve fechar o ano em 8,89%.

Fonte: Correio do Povo

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