A cápsula Orion, lançada ao espaço na quarta-feira passada (16), faz seu sobrevoo mais próximo da Lua nesta segunda-feira (21) com sucesso. O equipamento retomou a comunicação com a central, na Terra, após uma perda programada de sinal, durante a qual foi realizada a chamada queima de sobrevoo, utilizando o propulsor principal.
A manobra durou dois minutos e 30 segundos. No momento da queima, Orion estava 527 quilômetros acima da Lua, viajando a mais de 8 mil km/h. Logo após a queima, Orion passou 130 quilômetros acima da Lua. Durante o sobrevoo lunar, Orion estava a mais de 370 mil quilômetros da Terra.
A queima de sobrevoo com alimentação de saída é a primeira de duas manobras necessárias para entrar na distante órbita retrógrada ao redor da Lua. A órbita é chamada de retrógrada porque a cápsula viajará ao redor da Lua na direção oposta à que a Lua gira ao redor da Terra.
Na próxima sexta-feira (25), outra queima vai inserir Orion em órbita retrógrada distante efetivamente, onde permanecerá por cerca de uma semana para testar sistemas.
Sistema de comunicação
A Deep Space Network, gerenciada pelo Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa no sul da Califórnia, nos Estados Unidos, lida com as comunicações da Artemis I além da órbita baixa da Terra. Isso inclui as correções de trajetória da missão, queimas de sobrevoo e inserção e saída de uma órbita retrógrada distante. A Deep Space Network consiste em três instalações espaçadas equidistantes umas das outras – aproximadamente 120 graus de longitude – em todo o mundo.
Esses locais estão em Goldstone, perto de Barstow, Califórnia; perto de Madri, Espanha; e perto de Canberra, na Austrália. A localização estratégica permite a comunicação constante com as espaçonaves à medida que nosso planeta gira – antes que um veículo desapareça abaixo do horizonte em um local, outro ponto pode captar o sinal e continuar se comunicando. A cápsula Orion inicialmente recuperou o sinal com a estação terrestre de Madri após o sobrevoo lunar e, em seguida, fez a transição do sinal para a estação Goldstone.
ZH
Foto: NASA / YouTube/Reprodução