Tecnologia que ajuda a “fazer chover” é aposta de cooperativa gaúcha em tempos de estiagem
Com a falta de chuva aparecendo no horizonte ano sim, ano também, a meta é buscar ferramentas que tornem o produtor menos refém do clima. E é o que está fazendo a Cotrijal, cooperativa que organiza a Expodireto Cotrijal. O superintendente administrativo-financeiro, Marcelo Schwalbert, explica que está em negociação a testagem de parceria para o uso da tecnologia que ajuda a “fazer chuva”, literalmente.
— A tecnologia está pronta. É só definir o local, a região, viabilidade disso, porque tem um investimento. A ideia é fazer um teste e ver: choveu ou não choveu.
Por ora, a previsão é de que essa experiência possa ser executada já na próxima safra (2023-2024). Se der certo, poderá se tornar uma ferramenta na área de abrangência da cooperativa. A iniciativa foi citada pelo superintendente no Campo em Debate realizado na feira e que tinha como tema os Caminhos para o Futuro do Cooperativismo.
Outra iniciativa desenvolvida para melhorar a gestão do tempo vem da Cotripal Agropecuária Cooperativa, com sede em Panambi. Tiago Sartori, vice-presidente detalha o projeto de irrigação que vem sendo desenvolvido desde setembro do ano passado, em meio às celebrações do aniversário da cooperativa:
— Demos início a esse projeto para os nossos produtores como mais uma ferramenta na mão deles para esse enfrentamento de adversidades e, também, potencializar a produtividade.
Em parceria com a Fockinck, indústria local de equipamentos de irrigação, a iniciativa começa pelo estudo de viabilidade técnica dentro das propriedades dos associados que se interessaram. É feito o acompanhamento de todo o processo. Desde o levantamento do potencial hídrico da propriedade, passando pelas licenças, até a instalação e a operação do sistema.
— Uma propriedade que tenha de 25% a 30% da área irrigada, tem um seguro próprio. Um hectare irrigado equivale, na média, ao rendimento de três no sequeiro — completou.
ZH
Foto: Jefferson Botega / Agencia RBS