Ícone do site Rádio Stúdio FM

Passagem do ciclone é o desastre climático com mais mortes na história do Estado, diz governo

Quinze mortes.  Mais de 2 milhões de pessoas afetadas, 3,2 mil desabrigadas, 4,3 mil desalojadas, pontes caídas, cidades devastadas, casas destruídas, rodovias bloqueadas, rastro de lama, sujeira e entulhos. A passagem do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul foi classificada pelo governo do Estado como o desastre climático que mais causou perdas humanas na história do RS. O ciclone afetou especialmente municípios do Litoral NorteVale do Sinos e Vale do Paranhana.

Na noite dessa segunda-feira (19), o governador Eduardo Leite esteve reunido com o secretariado para atualizar e estruturar novas ações de apoio à população afetada. Eduardo Leite diz que o momento é de organizar ações de restabelecimento das condições de moradia e estrutura para as famílias que perderam tudo. Para acelerar esse processo o governador determinou, durante a reunião, a criação de um grupo de trabalho envolvendo a Procuradoria-Geral do Estado e as secretarias de Planejamento, Governança e Gestão, da Fazenda e de Assistência Social.

O grupo deve trabalhar no desenvolvimento de uma política de apoio financeiro às famílias em situação de vulnerabilidade que sofreram perdas. A ideia é que o aporte extraordinário seja realizado por meio do cartão cidadão, no qual já são depositados benefícios como o Devolve ICMS.

Leite garantiu que não vai permitir que a situação caia no esquecimento.

— Nesta reunião distribuímos responsabilidades e estabelecemos prazos, porque não vamos deixar que se frustrem as expectativas dessas comunidades que foram atingidas e de toda a população gaúcha que acompanhou sensibilizada todo esse momento. Vamos acompanhar ponto a ponto. As necessidades estruturais das escolas, as vacinas que precisam ser providenciadas para aqueles que ficaram expostos nas enxurradas, pontes e estradas que precisam ser reconstruídas e o apoio financeiro para as famílias que perderam tudo — frisou o governador.

Leite disse que o Estado, além de buscar o apoio do governo federal, também vai atuar com recursos próprios.

— Vamos apoiar as pessoas que precisam remobiliar suas casas e também aquelas que perderam suas casas e vão precisar de novas moradias. Tudo isso será organizado pela nossa equipe. Vamos levar ao governo federal e também tomar as nossas próprias providências. O governo do Estado está ao lado dessas comunidades para que possam se recolocar de pé. Não vamos deixar ninguém para trás — enfatizou.

O secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, explicou que estão sendo providenciadas passagens molhadas (construídas sobre cursos d’água para resolver problemas de escoamento de águas pluviais e fluviais) para, de forma emergencial, restabelecer o acesso às localidades afetadas. Em paralelo, estão sendo avaliadas as soluções para a reconstrução de pontes e viadutos danificados.

Para os pequenos produtores rurais que perderam sua produção em razão das chuvas também serão elaboradas estratégias de auxílio e crédito facilitado.

ZH

Foto:

Sair da versão mobile