Quem gosta de admirar a Lua terá neste mês de agosto duas oportunidades raras. Na noite desta terça-feira (1º) haverá uma superlua, nome popular para lua cheia ou nova, que ocorre quando ela está no ponto mais próximo (ou a no máximo 90% dele) da Terra. No dia 30 de agosto acontece a superlua azul, que recebe este nome por ser a segunda ocorrência do tipo no mês.
— Os observadores poderão notar uma Lua mais brilhante do que outras Luas. O fenômeno poderá ser visto em todas as regiões do planeta, basta que o tempo esteja favorável — afirma Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, unidade de pesquisa do governo federal.
É comum que alguma fase da Lua se repita em um mês, já que ela completa uma volta na Terra a cada 27 dias, segundo a Nasa. Ao longo desse período se sucedem as fases, cada uma com aproximadamente sete dias: nova, crescente, cheia e minguante.
Nesta terça-feira (1º) a Lua estará a 357.530 quilômetros de distância da Terra. Em 30 de agosto a distância será ainda menor: 357.344 quilômetros.
Como ocorre a superlua
O nome “superlua” foi criado em 1979 pelo astrólogo norte-americano Richard Nolle para designar uma Lua nova ou cheia que ocorre quando ela chega à sua maior proximidade da Terra ou está próxima desse ponto.
A trajetória percorrida pelo satélite ao dar a volta na Terra não é um círculo exato, mas uma elipse – espécie de círculo achatado. Por isso, a distância entre a Lua e a Terra varia ao longo do trajeto, e varia também a cada volta dada.
O ponto mais próximo que a Lua chega da Terra em cada volta é chamado perigeu. Em média, nesse momento a ela fica a 362 mil quilômetros do planeta. Já o ponto mais distante que a Lua fica da Terra, a cada volta, é chamado apogeu. Nesse momento o satélite natural está a aproximadamente 405 mil quilômetros da Terra.
Embora haja uma diferença de 43 mil quilômetros, a diferença de tamanho da Lua, vista a olho nu a partir da Terra, não é muito significativa: o tamanho varia no máximo 14%.
Quando a Lua está cheia e no perigeu, surge 7% maior (por sua proximidade da Terra) e 15% mais brilhante (porque reflete mais luz do sol para a Terra) do que uma Lua cheia normal.
ZH
Foto: Ivan Pacheco / Agência RBS