O robô explorador indiano confirmou a presença de enxofre, oxigênio, assim como de outros elementos, no polo sul da Lua, de acordo com informações da agência espacial do país asiático. No último dia 23, a Índia pousou uma sonda espacial perto do pouco explorado polo sul lunar.
“O instrumento de Espectroscopia de Decomposição Induzida por Lazer (LIBS) a bordo do robô da missão Chandrayaan-3 fez a primeira medição in situ da composição de elementos na superfície lunar perto do polo sul”, disse a Indian Space Research Organisation (ISRO), a organização de pesquisa espacial da Índia, em um comunicado.
Ainda conforme a declaração, datada de segunda-feira (28), as medições confirmam a presença de enxofre na região. A análise espectrográfica também confirmou a existência de alumínio, cálcio, ferro, cromo e titânio na superfície lunar, acrescentou a ISRO. Outras medições mostraram a presença de manganês, silício e oxigênio.
Chandrayaan-3
O robô de seis rodas movido a energia solar Pragyan (“sabedoria” em sânscrito) percorrerá o polo sul, transmitindo imagens e informações científicas, ao longo de duas semanas.
Embora inicialmente a informação era de que o pouso teria ocorrido no “lado oculto” da Lua, uma apuração do jornal indiano The Hindu mostra que a sonda está no lado visível, a porção de cerca de 60% da superfície lunar que fica voltada para a Terra. Com isso, a missão chinesa Chang’e 4 segue sendo a única a conseguir pousar no chamado “lado oculto”, em janeiro de 2019.
A Índia tem procurado igualar as conquistas de outros programas espaciais por uma fração do seu custo, apesar de ter sofrido alguns reveses. Quatro anos antes, outra missão lunar da Índia falhou na sua descida final.
A missão Chandrayaan-3 tem cativado a atenção do público desde o seu lançamento, há quase seis semanas, diante de milhares de espectadores, com o seu pouso bem-sucedido no dia 23 de agosto, pouco depois de uma nave espacial russa ter caído na mesma área.
Em 2014, a Índia tornou-se o primeiro país asiático a colocar uma nave espacial na órbita de Marte e, em setembro de 2023, espera lançar uma sonda em direção ao Sol. A ISRO planeja, para o próximo ano, o lançamento de uma missão tripulada de três dias na órbita da Terra.
Também planeja uma missão conjunta com o Japão para enviar outra sonda à Lua até 2025 e uma missão orbital a Vênus nos próximos dois anos.
ZH
Foto: @isro / Twitter / Reprodução