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Inflação fecha 2023 em 4,62%, e fica dentro da meta do Banco Central pela primeira vez após dois anos

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado para medir a inflação oficial do país, fechou o ano em 4,62%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA do ano passado terminou abaixo do teto de 4,75% da meta de inflação perseguida pelo Banco Central. Em 2021 e 2022, com índice de 10,06% e 5,79%, respectivamente, o IPCA havia estourado o limite.

O resultado de 2023 foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes (7,14%), que teve o maior impacto (1,46 p.p.) no acumulado do ano. Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (6,58%) e Habitação (5,06%), com impactos de 0,86 p.p. e 0,77 p.p., respectivamente. Alimentação e bebidas, grupo de maior peso no IPCA, subiu 1,03% no ano.

Índice de dezembro

O IPCA de dezembro foi de 0,56%, ficando 0,28 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,28%)No acumulado do ano, o IPCA ficou em 4,62%.

O grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 1,11% em dezembro, após subir 0,63% em novembro. A alimentação no domicílio subiu 1,34%, influenciada pelas altas da batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%). Já o leite longa vida recuou pelo sétimo mês consecutivo (-1,26%).

Como é definida a meta de inflação

A meta para a inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN);

Cabe ao Banco Central (BC) adotar as medidas necessárias para alcançá-la, como elevar a taxa básica de juros da economia (a Selic);

O índice de preços utilizado é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);

Atualmente a meta se refere à inflação acumulada no ano. Por exemplo, a meta para 2023 é de uma inflação de 3,25%. No entanto, com a mudança para a meta contínua, a meta não ficará restrita ao ano-calendário.

No desenho atual do sistema, o CMN define em junho a meta para a inflação de três anos-calendário à frente. Por exemplo, em junho de 2018, o CMN definiu a meta para 2021. Esse horizonte mais longo reduz incertezas e melhora a capacidade de planejamento das famílias, empresas e governo.

ZH

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