Apesar dos eventos extremos, como ondas de calor e fortes tempestades, o Rio Grande do Sul fecha o verão dentro do esperado para a estação, que encerrou nesta quarta-feira (20), à 0h6min. Em geral, as anomalias de temperatura e chuva não foram tão significativas quanto o previsto. Ainda assim, a atuação do El Niño e das mudanças climáticas são notáveis em alguns episódios destacados durante a estação.
De 20 de dezembro, dois dias antes do início oficial do verão, até esta terça-feira (19), o Rio Grande do Sul registrou algumas tempestades, sendo as mais significativas a do dia 16 de janeiro e a desta segunda-feira (18), e duas ondas de calor. Os eventos foram os responsáveis por equilibrar as médias de volume total de chuva e de temperatura máxima no Estado.
Janeiro foi um mês bastante chuvoso, pontua Guilherme Alves Borges, meteorologista da Climatempo. Em compensação, fevereiro foi mais quente, mas com menos chuva. Em março, a chuva retornou com mais frequência e intensidade ao Estado.
— Em Porto Alegre, a média de chuva para todo o verão costuma ficar entre 400 e 500 milímetros. Neste ano, choveu 413,2 milímetros em todo esse período. Então ficou bem dentro da média. Essas variabilidades ocorrem de região para região, por causa da distribuição da chuva — acrescenta. Nos gráficos, é possível ver a climatologia da chuva, ou seja, quanto costuma chover, e a anomalia, que é a quantidade de chuva a mais ou a menos registrada no período indicado.