Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta segunda-feira (24), o novo secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Clair Khun disse que a safra colhida de arroz no Estado foi maior do que no passado, o que, segundo ele, garante o abastecimento no país, apesar da enchente que atingiu o RS no mês passado.
— Houve um equívoco do governo federal em autorizar compras externas, porque o Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) traz dados muito precisos, junto com a Emater, mostrando que não haveria desabastecimento. Houve falta de trânsito por interrupções em rodovias, então o produto não chegou tão depressa ao consumidor, e também o consumidor comprou não 5 quilos mas 10 quilos, e ocorreu um desabastecimento momentâneo. Colhemos um pouco mais do que no ano passado, então não vai ter desabastecimento — afirmou.
O secretário também falou sobre a Expointer, que irá ocorrer de 24 de agosto à 1º de setembro, mesmo após o Parque de Exposições Assis Brasil ter sido atingido pela enchente:
— Entidades e produtores foram unânimes em dizer que a feira não poderia ser adiada, pelo contrário, era o momento de fazer. A feira traz uma grande demonstração de recuperação do Estado. Ela mostra o produto que nós temos. Os animais de regiões que não foram tão impactadas e que estavam sendo preparados têm condições de participar; nessas regiões afetadas, as agroindústrias do pavilhão de agricultura familiar pediram que ocorresse porque esse é o momento de recuperação, e quem sabe vai ser o maior momento de vendas para recuperar a autoestima e a economia. A feira é uma recuperação da área econômica, uma demonstração de reconstrução e também de solidariedade. Tenho certeza que vai ser uma feira de superação.
Quanto a responsabilidade do agronegócio gaúcho a respeito do debate das das mudanças climáticas, Clair falou sobre a tecnificação constante do agro e parceria entre as secretarias de agricultura e meio ambiente:
— O agro vem fazendo seu papel, se tu olhar, o agro não quer nada mais do que poder produzir dentro das normas ambientais. Isso é uma questão normal, se tu olhar toda a produção, nós temos projetos, respeito em cima disso, mas obviamente tem umas coisas que fogem. Esse momento na história do Rio Grande, do Brasil, quem sabe mundial, é um paralelo que não tínhamos nenhum registro, tínhamos a de 1941 com alguns registros, mas essa foi maior. A Academia, os nossos doutores, conversando diretamente em uma parceria que temos que ter justamente com a Secretaria do Meio Ambiente para podermos trabalharmos todos em conjunto para acharmos as melhores saídas para podermos produzir com qualidade, termos alimentos em quantidade e sempre respeitando o meio ambiente.
ZH