Os resultados das eleições presidenciais na Venezuela, que as autoridades eleitorais consideraram uma vitória de Nicolás Maduro, “não podem ser reconhecidos”, afirmou a União Europeia (UE) neste domingo.
“Na ausência de provas que os respaldem, os resultados divulgados em 2 de agosto pelo Conselho Nacional Eleitoral não podem ser reconhecidos”, ressaltou o Conselho da União Europeia, que exigiu “uma verificação independente“.
Diferentemente dos Estados Unidos e de outros países, a UE se absteve de reconhecer a vitória do candidato opositor, Edmundo González Urrutia.
“As cópias das atas eleitorais divulgadas pela oposição e revisadas por organizações independentes indicam que Edmundo González Urrutia parece ter vencido as eleições presidenciais por uma maioria significativa. A União Europeia pede, portanto, uma nova verificação independente das atas eleitorais, se possível por uma entidade de reputação internacional”, diz o comunicado.
A UE também pediu ao governo venezuelano “que ponha fim às prisões arbitrárias, à repressão e à retórica violenta contra os membros da oposição e da sociedade civil, e que liberte todos os presos políticos”.
Na quinta-feira (1), uma nota assinada por Brasil, Colômbia e México pedou a divulgação de atas eleitorais na Venezuela. O documento também apelou pela manutenção da “paz social” no país.
A nota foi divulgada depois de os presidentes dos três países, Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia) e Andrés Manuel López Obrador (México) realizarem uma reunião remota.
“Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação”, afirma a nota conjunta
ZH
Foto: RAUL ARBOLEDA / AFP