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Onze anos após primeira fase da operação Leite Compen$ado, engenheiro volta a ser preso em apuração sobre adulteração do produto

Nesta etapa da ofensiva, foco principal é uma empresa no Vale do Paranhana. MP apurou que segue o esquema de fraude com adição de soda cáustica e água oxigenada. Quatro pessoas foram detidas
Onze anos após primeira fase da operação Leite Compen$ado, engenheiro volta a ser preso em apuração sobre adulteração do produto
11.12.2024 11h18  /  Postado por: mateus

Mais de 11 anos após a primeira ação, o Ministério Público (MP) voltou a descobrir esquema de fraude e adulteração no leite com soda cáustica e água oxigenada.

A 13ª etapa da Operação Leite Compensado foi realizada na manhã desta quarta-feira (11), tendo como alvo principal uma empresa de Taquara, no Vale do Paranhana. Cinco pessoas foram presas.

Uma das prisões foi em flagrante de uma funcionária da empresa. Ela estaria avisando os outros empregados sobre a ação e orientando a ocultar  provas.

diretor da fábrica foi pego em casa, em Taquara. Já havia um mandado de prisão contra ele, mas ele também foi detido em flagrante por estar com arma com numeração raspada.

As ações acontecem em Taquara, Parobé, Três Coroas, Imbé e na capital paulista.

Desde março de 2017, não havia registro de operações do tipo no Rio Grande do Sul.

Alem de residências dos alvos, os agentes entraram na sede da Dielat Laticínios, em Taquara. A ação ocorreu às 6h40min, horário de troca de turno dos funcionários. Conforme a investigação, a suspeita é de que nesse momento que a adulteração ocorria.

Por meio das Promotorias de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre e de Defesa do Consumidor, foi identificada a produção de leite, leite em pó, soro, entre outros produtos, com adição de soda cáustica e outros produtos nocivos à saúde, como água oxigenada.

O Alquimista

A ação desta quarta-feira tem ligação com a 5ª etapa, realizada em novembro de 2014. O MP descobriu que um mesmo empresário preso na época voltou a atuar na fraude com consultoria. Ele é engenheiro químico e orientava como fazer a mistura.  

Segundo o Ministério Público, o engenheiro é conhecido como Alquimista — o nome dele não foi divulgado. Ele chegou a ser absolvido de condenação de 2005 por crime semelhante. O MP comprovou a participação dele na fábrica de Taquara, apesar de estar impedido pela Justiça de trabalhar com laticínios.

Além das prisões, a ação busca apreender celular e outras provas contra os alvos. A investigação apontou que eles só conversavam por aplicativo de mensagens e até mesmo radiocomunicadores para evitar interceptações telefônicas.

Lotes e distribuição

Os promotores Mauro Rockenbach e Alcindo Bastos explicam que os produtos da indústria de Taquara são distribuídos para todo Rio Grande do Sul, para pontos do Brasil e até para a Venezuela.

Segundo o MP, a fábrica já venceu e participa de várias licitações para fornecimento de laticínios. Recentemente, a empresa foi vencedora de certame para distribuir produtos derivados do leite para escolas de uma cidade paulista.

A Justiça não autorizou, por enquanto, a divulgação das marcas.

O MP informa que são aguardados exames mais detalhados para determinar exatamente os lotes contaminado.

Contraponto

A reportagem tenta contato com os responsáveis pela Dielat Laticínios para contraponto. 

Relembre as 12 fases anteriores

Para mascarar a adição de água durante o caminho entre o produtor e a indústria, transportadores adicionavam ureia  — que contém formol — com o objetivo de obter maior lucro. Cerca de cem toneladas de ureia — apreendidas na ação realizada no Norte, Noroeste e Serra — foram adquiridas pelos envolvidos para utilização na prática criminosa. Autoridades cumpriram 10 mandados de prisão e oito de busca e apreensão.

Cinco mandados de prisão preventiva foram cumpridos em Rondinha — com três presos — e Boa Vista do Buricá, no Norte, e em Horizontina, no Noroeste, com a prisão de Larri Lauri Jappe, então vereador do PDT e empresário do setor de transporte de leite cru. Foi encontrada até uma fórmula para adulteração do leite em Boa Vista do Buricá.

Preso um transportador e detectada a presença de água oxigenada no leite. Ação em Três de Maio, no Noroeste.

Ação em oito cidades com a prisão de um empresário em Condor, no Norte. Com ele, foi apreendida mais de meia tonelada de soda cáustica. Ações em Bossoroca e Vitória das Missões, nas Missões, Santo Augusto, no Norte, Ijuí e Panambi, no Noroeste, Tupanciretã e Capão do Cipó, na Região Central.

Foram cumpridos três mandados de prisão em 10 cidades do Vale do Taquari e Vale do Sinos, em especial Imigrante e Paverama, sede das indústrias de laticínios Hollmann e Pavlat. Foram presos os proprietários das duas empresas. Eles foram investigados por dar ordens para adição de soda cáustica, bicarbonato de sódio e água oxigenada no leite. Também houve ações em Teutônia, Arroio do Meio, Encantado, Venâncio Aires, Marques de Souza, Travesseiro, Novo Hamburgo e Cruzeiro do Sul.

Fraude do leite com ramificação no Paraná e quatro presos. A operação ocorreu nas cidades paranaenses de Londrina e Pato Branco e nos municípios gaúchos de Ijuí, Taquaruçu do Sul, Ibirubá, Campina das Missões, Alegria, Boa Vista do Buricá, Crissiumal, São Valério do Sul, São Martinho, Cruz Alta e Coronel Barros.

Posto de resfriamento é interditado em Jacutinga, no norte gaúcho, e outro fica em regime de fiscalização. Havia adição de sal no leite adulterado com água. Foram cumpridos 17 mandados de prisão e outros 17 de busca e apreensão em seis municípios gaúchos: Erechim, Jacutinga, Maximiliano de Almeida, Gaurama, Viadutos e Machadinho, todos no Norte.

Oito prisões e produtos químicos apreendidos no norte do Estado. Áudios revelam tentativa de repassar leite com larvas. Suspeitos eram donos de transportadora e motoristas. Havia adição de ureia, álcool e soda cáustica.

Leite azedo era vendido como saudável. Houve quatro prisões nos municípios de Esmeralda, na Serra, e Água Santa, no Norte.

Donos de fábrica presos por adulteração do leite. A ação ocorreu de forma simultânea com a Operação Queijo Compensado 2. Os municípios onde ocorreu o cumprimento de ordens judiciais foram Venâncio Aires, Lajeado, Mato Leitão, Arroio do Meio, Montenegro e Carlos Barbosa.

Resultados positivos para a presença de coliformes fecais, água oxigenada e amido. A ação foi junto com a Operação Queijo Compensado 4. Cinco prisões e ações em São Pedro da Serra e Caxias do Sul, na Serra, em Estrela, no Vale do Taquari, além de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.

Nova Araçá, na Serra, Casca e Marau, no Norte, Estrela e Travesseiro, no Vale do Taquari. Houve cinco prisões e quatro mandados de busca cumpridos em três laticínios. Áudios dos suspeitos, em tom de deboche, revelaram que  carregamentos de leite só poderiam ter como destino a alimentação de animais.

ZH

Foto: Duda Fortes / Agencia RBS

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