Por que produtores cruzam o Estado para mostrar seus animais na Expointer
Por trás de cada touro bem-cuidado, ovelha tosada com capricho ou cavalo que desfila com elegância nas pistas da Expointer, está mais do que uma mostra da pecuária do Estado: é o resultado de um trabalho de anos no campo, que vai do manejo à seleção genética. Com quase 6,7 mil animais reunidos no parque Assis Brasil, em Esteio, a 48ª edição da feira funcionará, mais uma vez, como uma vitrine do setor produtivo. Mas, afinal, o que leva o pecuarista a investir tanto tempo e dinheiro para levar animais à feira?
Para Felipe Azambuja, gerente executivo da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), a resposta está na combinação de tradição, visibilidade e na constante busca por aprimoramento que a Expointer estimula:
— A Expointer é a maior feira da América Latina. A genética premiada aqui se consagra e ganha reconhecimento comercial.
Consagração que ocorre em julgamentos, exposições e leilões, que atraem produtores em busca de visibilidade, credibilidade no mercado e novas oportunidades de negócio.
No caso de Luiz Carlos Ardenghy Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Murray Grey e Greyman (ABMGG) e criador da Cabanha Guarita, em Palmeira das Missões, a estreia na Expointer com um exemplar da raça bovina Greyman tem um propósito claro: a divulgação.
— Queremos apresentar a raça como uma nova e promissora opção para a formação de rebanhos no Estado — destaca Ardenghy.
Já para a criadora Ana Cláudia Silveira Netto Dondé, do Haras El Aduar, de Osório, tem a ver com a testagem dos seus animais em pista. Recentemente, ela iniciou a criação de equinos Anglo-Árabe e será responsável por trazer a raça de volta à Expointer após 36 anos de ausência.
— Meus animais estão sendo treinados para rédeas, que é uma nova modalidade que espero abrir para o anglo-árabe e o puro-sangue árabe — conta Ana Cláudia.
ZH


